sábado, 8 de setembro de 2007

Desenvolvimento Sexual Infantil... (Yeah, I got no shame)

ANTES DE PROSSEGUIR: leia o post anterior. Por favor. Ler esse sem ler o anterior vai parecer que eu estou completamente maluco, besta ou simplesmente regredi. Mas não é isso.

Isso é só uma forma de fazer as pessoas rirem da minha ingênuidade de 7 anos atrás.

Ah, claro, esse é mais um detalhe importante: o que vocês lerão a seguir foi escrito no meu primeiro ano de faculdade. Por isso, não fiquem (muito) horrorizados.

Na verdade, divirtam-se.

Eu me diverti horrores.

Inté!

A. N.



Apresentação dos Bonecos para Desenvolvimento 1

Por Aécio de Borba

Personagens:

Bebê

Pai

Mãe

Narrador

Parte 1: Antes do Nascimento

Narrador: Nossa história começa com um jovem casal apaixonado, recém casados...

Casal aparece, se abraçando, bem meloso. Tocando a música My Heart Will Go On (Celine Dion, Titanic)


Pai: Meu docinho de coco, já te disse hoje que te amo?


Mãe: Não, meu amor... hoje ainda não, e já são seis e meia da manhã!


Pai: Pois eu te amo, paixão! Queria ter uma forma de te mostrar o quanto te adoro!


Mãe: Oh, benzinho... (Casal se beija). Vamos dar forma ao nosso amor?


Pai: (Tom Poético) Mas teríamos que fazer um outro mundo, para caber pelo menos uma parte dele!


Mãe: (Voz Maliciosa) Mas tem outro jeito... (mais um beijo, puxando para onde seria a cama).


Pai: E qual seria esse jeito, meu anjo descido dos céus?


Mãe: Vem cá que eu te mostro... mas joga isso fora (Joga uma camisinha longe).


Casal desaparece, entra de novo. A mulher está grávida.


Narrador: Alguns meses depois, já começam a aparecer os primeiros sinais desse amor...


Pai: Bom dia, minha linda e querida esposa! Bom dia, meu lindo e querido filhinho! Como vocês estão hoje?


Mãe: Estamos bem, meu amorzinho! Mas sabe o que a gente queria mesmo? Um caju bem vermelhinho!


Pai: Mas... mas... minha tchutchuquinha, faltam seis meses para a época do caju!


Mãe: (Irritada) Mais o que é isso? Por acaso agora uma bobagem dessas vai impedir você de fazer algo por mim? (Começa a choramingar) Cadê o amor, a dedicação, o carinho...


Pai: Ai... ai, ai, ai... tá, calma, vou achar um caju pra você...


Mãe: (Parando de chorar) Bem amarelinho?


Pai: (Em Dúvida) Não era para ser vermelhinho?


Mãe: Mas agora quero amarelinho!


Pai: Tá, tá... lá vou eu... de novo...


Bonecos somem de cena de novo.

Parte 2: Fase Oral

Reaparecem com o bebê. Música: Caixinha de Música

Narrador: E o tempo passa, e nasce o tão esperado bebê.


Mãe: Olha só, Ferdinando, o nosso lindo bebê!


Pai: Ele não é lindo? Parece com a mãe...


Mãe: Mas tem os olhos do pai!


Pai: Sabe de uma coisa? Acho que isso merece uma comemoração...

Vai dar um beijo na mãe, mas essa o empurra.

Mãe: (Aborrecida) Espera aí, Ferdinando! Negócio de comemorar! Tenho que cuidar do bebê...

Pai: Mas sua mãe não veio para ajudar? Podemos...

Mãe: (Interrompendo) Podemos nada, ela veio para ajudar, não para fazer tudo! Se oriente e vá logo trabalhar, porque aquele monte de fraldas é caro!

Pai: Tá bom, eu vou, mas vou por você, minha...

Mãe: (Interrompendo de novo) Ah, tá, vá logo, vá...

Pai sai resignado, de cabeça baixa.


Mãe: (para o bebê) Agora vem, meu amorzinho, ora de ir mamar...

Bebê: Má- Má!

A mãe põe o filho para mamar. Os dois saem de cena.

Entra só o filho.

Narrador: O tempo se passa, e o menino aprende a pegar as coisas que estão ao seu alcance.


Bebê pega alguma coisa e põe na boca. Entra a mãe.


Mãe: (Carinhosa) Filhinho, não põe isso na boca não, é sujo... tem que aprender...


Mãe sai de cena, levando o objeto. O menino olha ao redor, pega outra coisa.


Bebê: (Jeito “safado”) A- há!


Bebê pega outro objeto e põe na boca. O pai entra em cena. Corre, tira o objeto da boca da criança.


Pai: Menino! Tira isso da boca! Onde já se viu? Quer ficar doente? Só o que faltava...

Filho começa a chorar. Os dois saem de cena.

Parte 3: Fase Anal

Narrador: Mais uma vez o tempo passa, e agora a criança já começa a ter mais controle sobre seu corpo, inclusive sobre outras... áreas.

Entra a mãe a criança. A mãe a olha, e a criança fica parada em um canto. Música: Jazz (1a Música, Sleep).

Mãe: Vai, filhinho, por favor! Faz isso para a mamãe! Por favor...

A criança fica olhando para os lados.

Bebê: Tô – Tô!

Mãe: Isso, filhinho, faz pra mamãe... mas aí no seu peniquinho, viu...

O bebê fica um tempo parado. A mãe faz sinal de desistência. Sai levando o penico. O bebê olha para a platéia de novo.

Bebê: (Jeito “safado”) A- há!

Começa a fazer força. A mãe volta correndo com o penico.

Mãe: Aqui, filho! Aqui, em outro canto não.

O Menino pára. Fica olhando para os lados. A mãe vai saindo, o bebê força de novo. Ela volta.

Mãe: Filhinho, por favor!

O menino olha para a platéia de boca aberta, suspirando aliviado.

Mãe: Isso, filhinho, muito bem... Sai andando como se tivesse cansada, levando o penico.

Bebê: Tchau, tô – tô!

Personagens saem de cena.

Parte 4: Fase Fálica


Narrador: Vamos novamente passar o tempo até que a criança dirige sua atenção para outra forma de prazer. É uma época de descobertas e novas formas de ver a vida.

Bebê entra, pulando feliz. Música: ?

Bebê: (cantando) Eu adoro a mamãe, eu adoro a mamãe...

Pais aparecem. O bebê se abaixa, mostrando só os olhos.

Pai: Benzinho, faz tanto tempo que a gente...

Mãe: Eu sei, amor... e já estou doida para...

Casal se beija. A criança levanta cabeça, assustada. Move a cabeça de lado, como se olhasse alguma coisa. Olha para baixo, abrindo a boca. Olha para a mãe, olha para ele, olha para a mãe de novo. Sai gritando e correndo:

Bebê: Arrancaram o pipi da mamãe! Arrancaram o pipi da mamãe!

Pais saem de cena. Bebê olha para a platéia

Bebê: Arrancaram o pipi da mamãe! Acho que foi o papai que arrancou... a mamãe deve ter sido um menino mal... mas... (faz jeito de susto) e se papai arrancar o meu também para a mamãe não gostar de mim? (Balança a cabeça como se estivesse com raiva) Papai é mal! Não quer que eu a mamãe goste de mim! Vou mostrar a ele...

Bebê sai de cena.

Narrador: E é mais ou menos assim que se inicia o complexo de Édipo, que marcará essa fase pelos próximos anos.

Parte 5: Período de Latência.


Narrador: E o tempo passa novamente. O complexo de Édipo deve ser ter se resolvido, e, com o crescimento, vem uma nova fase para a criança, onde a questão da sexualidade acaba sendo deixada um pouco de lado...

Entra a mãe, pai e o filho.

Mãe: (Apressada) Vamos, logo, meu filho! Temos que ir para a casa da Tia Violeta!

Criança: Mas eu não quero ir! Lá é chato, não tem o que fazer!

Mãe: Que é isso, filhinho! Tem sua namoradinha, a Rosinha!

Criança: Eca! Ela não é minha namorada!

Mãe: (Aborrecida) Ai, meu Deus! Vamos logo filho! O que você tem contra ela?

Criança: Ela é menina, ora! Só quer saber de brincar de boneca e outras coisas idiotas! E ela ainda diz que o Pokemon é chato! Eu não gosto dela!

Pai: (Gritando, fora de cena) Bora logo! Ainda não estão prontos?

Mãe: Vamos logo, filhinho! E você tem que aprender a gostar de meninas...

Criança: Eu nunca vou gostar dessas meninas chatas...

Criança sai de cena.

Mãe: (Olhando para cima) Quero é ver ele passa dos onze anos pensando isso...

Mãe sai de cena.

Narrador: E todos nós sabemos que, muito provavelmente, ele não passará, pois o início da adolescência marca novas mudanças. Mas isso é uma história para outra vez...


— FIM —

Nota de Fim: E depois falam mal do ensino de Análise do Comportamento... a gente tirou 10 nesse trabalho.

Ah, tia Suzana... heheh.


2 comentários:

Anônimo disse...

hahahaahaha

Adorei ahhahaahaahhahaha

Parabéns pela imaginação... grande Klein! (rs)

beijos

Anônimo disse...

Muito bom, Aécio.
Assim de "brincadeira", pelo menos, essa teoria fica menos horrível do que nos textos psicana....