quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Foi um Duende! Eu Juro!!!

DEFINITIVAMENTE, uma história que merece ser contada...

No sábado antes de viajar, comecei meu processo tradicional obsessivo compulsivo:conferindo tudo dez vezes antes de sair de casa. No meio do caminho, meu passaporte, que estava no porta-dólar, eu resolvi mudar de lugar... afinal, queria ele em mãos mais fácil do que enfiar a mão dentro das calças no aeroporto, né? :-p

Bom, aí começa a leseira... pensei, como sempre, "vou colocar isso em um lugar que eu não esqueça". Normalmente, quando eu penso isso, funciona... mas às vezes dá errado.

Bom, ao longo do sábado, arrumei um monte de coisa. As malas estavam fechadas de manhã, faltando só uma ou outra coisa (tipo a sandália que eu tava usando) e coisas do tipo. Quando fui almoçar na casa da Aline, a D. Lúcia já perguntou: "tá tudo certo, Aécio?" "tá sim, D. Lúcia". "Dinheiro?" "Conferido e separado", "passaporte", "não tem como eu esquecer".

Dia seguinte de manhã, acordei cedo (lógico, como se tivesse dormido muito...). Meu plano era tomar banho, me deitar na minha cama e deitar Caim, do Saramago, antes de viajar, pra poder deixar o livro pra Marilu. Eram umas 7 da manhã ao sair do banho, e comecei a me arrumar - porta-dólar, dinheiro na carteira, passaporte...

Passaporte?
Passaporte?
Buller?

Ok, quando você diz que vai colocar o passaporte onde você não poderá esquecer, e vc esqueceu, mantenha-se calmo. Quais os meus cantos lógicos? Dentro da mochila do lap top (meu instrumento de trabalho e comunicação - não posso esquecer isso!!!) ou junto da roupa que já estava separada haviam dias.

Tome a rodar.

Olha a bolsa, olha onde estava a roupa.
Procura em cima da mesa, procura no guarda-roupa vazio, na sapateira.

Não era pra estar me nenhum desses cantos... devia estar na bolsa ou junto da roupa!

O Delage acordou com o barulho e começou a procurar.

Tem uma caixa que ficou aberta, né? Tem. Olha dentro dela.

E olha no chão, mexe a cama, olha o rack.

Já fazia uma hora que eu procurava. Nada. A Aline ligou, avisando que estava pronta, querendo é só ir. Perdi o passaporte. Calma, Aécio, tu não pode ter perdido o passaporte. Perdi. Quer que eu vá ajudar a procurar? Vem.

Onde pode estar? O idiota colocou em lugar que eu não tinha como não levar. Onde é isso? Sei lá, preciso tomar remédio pra memória... mas ou era a mochila do lap top ou era perto da roupa. Não tá? Aline procura na mochila, que eu já tinha revirado 3 vezes e Delage duas. Nada. Perto da roupa? Nem tem mais nada lá... mas nada, mesmo.

Pro lixo? Lá fora, não passou o lixeiro ainda. Peguei o saco, olhei tudo. Claro que não tá lá. Roda, roda, roda... Delage achou outro saco de lixo, e ele achou... 200 dolares perdidos em um envelope. Ok, ia fazer falta... mas eu tenho que viajar pra poder usar isso!!!

Refiz as duas malas. Teria ido em uma delas? Não, estão reviradas de cima abaixo agora, e nada lá dentro.

Pode continuar procurando. Oito e meia, eu devia estar no aeroporto às nove e meia. Ia às nove, just in case. Coloquei sem querer em um caixa, só pode.

Abrimos e procuramos em todas as caixas. Mas não é possível, era pra estar em um lugar que eu não ia esquecer. Dez caixas abertas, 120 livros procurados. Nada.

E nada do passaporte.

Escuto uma vozinha da Mari, e promessa pra São Longuinho. (Em tempo: São Longuinho é careiro em Belém... além dos três pulinhos, ele pede três gritinhos!!! Mas beleza, pago tudo. Uma hora dessas? 3 pulinhos e 3 gritinhos e barato. Ajuda aí, São Longas!)

Sai tudo do meu quarto. Parte vai pro quarto do Delage, vai pro quarto do Felipe, que se torna zona de guerra... sobra nada no meu.

Eu não devia ter posto em um lugar que não ia esquecer?

Já eram quase nove quando a Aline grita: ACHEI!!! ONDE? DENTRO DA MOCHILA DO LAP TOP!

...

...

...

É sério. Tava lá, rindo e satisfeito, o passaporte. Em um lugar que eu nunca iria esquecer, ao alcance da mão, fácil de achar. Dentro do bolso mais claro da bolsa, onde todos nós procuramos no mínimo 3 vezes cada um.

Chamem de leso, burro ou avoado... em minha defesa, só posso dizer que foi um duende que roubou o passaporte, e São Longuinho colocou de volta no canto. Bem que a Mari sempre falou bem do São Longuinho. Promessa paga com 3 pulos altos e três gritos altos.

Levei também uns tapas na cabeça do Delage - e nem reclamei, são merecidos...

Tinha que ser com emoção a partida, né?

inté,

A. N.

3 comentários:

_Maga disse...

E eu juro que ri... desculpa, amigo, mas não deu pra resistir... ahahaha

Um abraço

Angelo disse...

Companheiro,

Boa viagem para você!
Mande notícias - via blog, email, MSN, o q vc quiser!

Abraço!

Mari disse...

Amor, por isso que digo que o São Longuinho é o melhor. Você sabe que em minha casa há mais duendes que no jardim do Ronny W., imagina o que seria da minha vida sem ele?!