quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Melhores Posts - V

ACHO QUE QUALQUER UM QUE ME CONHEÇA, sabe que tenho um senso de humor no mínimo sarcástico (ou quem sabe, ácido mesmo), e adoro reconhecer momentos irônicos (Não que seja fácil diferenciar sarcasmo e ironia, mas isso é para um outro post).

Acabei, em um dado momento, dando de cara com um desses posts que sabem ser irônicos como pouca gente. Conheci pessoalmente depois o autor, que é uma figura no mínimo fantástica. Seu blog tem vários textos interessantes, mas esse ainda é o meu preferido...

Até mais,

A. N.

P.S: ah, claro: o blog é o Unbehagen: Dito e Dizer.

Dançando e ofendendo.


(cinco, seis, sete, oito)
Plié, demi-plié, arabesque, do-si-do, cara de cu!, gran jeté, comedor de bosta!, glissade de sous, flic-flac, pas de deux, cheira-rola!, degagé, stomp, stomp, cambré, pas marché, prega-frouxa!, filho de um pablito-boqueteiro!, demi-brás, developpé, elancé, pivot, senta no meu Aloísio e samba!, failli, demi-plié, plié.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Quem é o melhor: McGyver, Jack Bauer ou Capitão Nascimento?

EXCELENTE PIADA MANDADA PELA NILZA. Interessante como se formam novos heróis no cinema e na tv...



Um dia quiseram ver quem era o melhor: McGyver, Jack Bauer, ou Cap. Nascimento.

Chegaram pro McGyver e falaram: A gente soltou um coelho nessa floresta. Encontre mais rápido que os outros e você será considerado o melhor! McGyver pegou uma moeda de 5 centavos no chão, um graveto e uma pedra e entrou na floresta.

Demorou 2 dias pra construir um detector de coelhos em floresta e voltou no 3o dia com o coelho.

Dai chegaram pro Jack Bauer e falaram a mesma coisa. Ele entrou correndo na floresta e 24 horas depois apareceu com o coelho. Pediu desculpas porque teve q desarmar 5 bombas nucleares, recuperar 15 armas quimicas, escapar de um navio cargueiro que ia pra china e matar 100 terroristas pra chegar ate o coelho.

Dai pediram para o Cap. Nascimento ir buscar o coellho. Se ele demorasse menos de 24 horas ele seria o melhor. No que ele respondeu:

- Ta de sacanagem comigo 05? Ce ta de sacanagem comigo? Você acha que eu tenho um dia inteiro pra perder com essa porra de brincadeira 05 ? Tu eh mo-le-que! MO-LE-QUE 05!!!

Então ele virou-se calmamente para a floresta e gritou:

- Pede pra sair!!! Pede pra sair dessa porra!!! Perdeu meu irmão!!! Já perdeu!!!!

Em menos de 5 segundos ja tinha saido da floresta: 300 coelhos, 20 jaguatiricas, 50 jacares, 1000 paca-tatu-cotia-nao, o Shrek e o monstro fumaça do Lost.

Dai ele gritou:

- 02, tem gente com medinho de sair da floresta, 02!!! Tem gente com medinho tem??? 07, traz a 12 ai!!!

Nisso o Bin Laden saiu da floresta correndo e gritando:

- Na cara nao !!!! Na cara nao !!!
Aproveitando pra fazer aqui referência ao brinquedo mais requisitado no dia das crianças: o boneco do Capitão Nascimento. Passem lá no eupodiatamatando.com pra pedir o seu ao Silveira!

Até mais!

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

II ENEAC - A Missão (cumprida!)

O BLOG PASSOU QUASE UMA SEMANA PARADO, já que a internet não estava muito animada pra funcionar aqui por casa. Com o problema resolvido (finalmente), podemos partir para um dos tópicos mais interessantes da última semana: o II Encontro Nordestino de Análise do Comportamento, evento que ocorreu em paralelo ao XII Encontro Cearense de Análise do Comportamento.


O evento contou com um conjunto estelar de convidados: Roberto Banaco, Maria Amália Andery, Dênis Zamignani, Banaco, Sérgio Luna, Amália, Lincoln Gimenez e Júlio DeRose (esqueci do Roberto e da Amália? Não, né? Só por segurança: Amália e Roberto também estiveram lá!). Além desses, uma turma da nova geração que ainda vai dar muito o que falar: Marcelo Machado (nosso querido Zé Marcelo, um dos movers and shakers da Comport e do Orkut), Bruno Costa (que esperemos estar se saindo bem na seleção pra PUC) e Christian Vichi, o cara que colocou a cultura em um laboratório (e é uma figura gente boa pra...). Completando com os nomes de peso da AC aqui no Ceará (João Ilo, Maia, Dany Tatmatsu e Denise), o evento tinha tudo pra dar certo.

E teve. No último dia, a Germana (uma das organizadoras - e sim, EU BATI UMA FOTO SUA!!!) pediu para que as pessoas falassem um pouco sobre como havia sido o evento - mas não "os professores, palestrantes, ou amigos da organização". Lógico que me senti compelido a falar, mas as palavras da Gê me fizeram calar a boca... ok, ok, depois eu falo.

Mas é lógico que eu não sei ficar calado. E quando eu pedi pra falar algo, os meninos da organização se mostraram terminantemente contra eu abrir meu bico - acho que tinha algo a ver com o fato de quem falasse ganhava uma camiseta do evento, e eles pensaram que era só isso que eu queria (que ultrage! Fiquei ofendido! hehehe). Mas o que eu queria dizer seria algo mais ou menos assim (menos elaborado, claro):

Talvez eu não devesse falar nada, já que a Gê pediu para que os "palestrantes, professores e amigos da organização" não falassem. E achei que eu me enquadrava em algum lugar dessas coisas... não sou da organização, mas sou um daqueles que eles sabem contar na hora de levar alguém pra o jantar, ou pra acordar à uma da manhã pra conseguir um telefone, ou às 6 da matina pra poder pegar um palestrante no hotel. Não sou um professor, mas sou um dos que a turma ouve na hora que querem um feedback de uma apresentação, de um trabalho, de uma aula. Mas definitivamente, sou um amigo da organização, alguém que gosta de dar uns pitacos na vida alheia e fazer algumas sugestões de vez em quando. Mas, contrariando a organizacionaldora aí, queria falar sobre uma coisa:

Ver esse evento foi algo impressionante. Impressionante porque, diferente da maioria aqui, ainda que eu não pertença à Liga do Comportamento, estou em contato direto com eles pela lista de discussão de e-mails. Por isso, acompanhei desde as primeiras reuniões, e vi as coisas tomando forma. Ver os e-mails sobre os possíveis palestrantes se tornando primeiro nomes no site e depois falas aqui no palco; ver as correrias sobre inscrições se transformando em auditórios lotados; discussões sobre a bolsa sendo entregues junto de canetas e um folder; e até, porque não dizer, enchendo a barriga depois de ler tantos e-mails sobre a comissão do coffe-break. Ver tudo isso tomando forma, para eu que acompanhei de longe, foi fantástico e emocionante. Eu queria, por isso mesmo, elogiar as pessoas que provavelmente sentem o mesmo que eu, mas de forma muito mais forte: os organizadores desse evento.

Eu sei que, agora, talvez vocês não possam ter dimensão disso. Agora, vocês devem estar cansados, felizes de estar quase acabando. Mas depois de uma noite bem dormida (provavelmente, a primeira em umas poucas semanas), vocês vão poder dar-se conta do quanto o trabalho de vocês rendeu, e de quanto foi bom. Espero que reconhecer isso seja o suficiente para que "essa resposta seja mantida em alta freqüência", se quisermos usar o behaviorês. E por essa resposta, entendam: contribuir, de forma muito significativa, para integrar as pessoas que estão trabalhando há uns poucos quilômetros de distância da gente. E mostrar que estamos aqui para as pessoas que trabalham a uns nem tão poucos. E, mais do que qualquer coisa, contribuindo para que cada vez mais pessoas possam ver o que nós, analistas do comportamento, estamos fazendo.

Por fim, eu queria dizer só uma coisa a mais para uma parcela dessa organização: especificamente, falar para os membros da Liga do Comportamento. Há pouco mais de três anos atrás, tudo o que acontecia na UFC sobre Análise do Comportamento era feito por uma professora substituta e um monitor tagarela. Daquela turma com quem a gente conversava, hoje vejo vários alunos engajados e fazendo o trabalho muito melhor do que era sonhado naquela época. Ver a Liga, hoje, é uma prova de que, com algum empenho (e uma boa dose de resistência à extinção), coisas incríveis podem ser construídas. E a Liga é algo desse tipo. Fico extremamente feliz de ver esse novo cenário que foi construído a partir do trabalho de vocês. E fico orgulhoso de ver como essa turma (que tem várias pessoas que um tempo atrás eu estava ensinando como colocar um rato em uma caixa de Skinner) é capaz de produzir um evento como esse... e, claro, feliz de olhar para as caras novas e saber que, quando os fundadores da liga se formarem muito em breve, a tocha vai estar passada e eles vão continuar o bom trabalho.

Parabéns, turminha. Mais uma vez, vocês botaram pra...

Er. Melhor eu não completar. Mas vocês entenderam :-)




segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Tem publicitário que é um artista...

DUAS EXCELENTES PROPAGANDAS QUE DESCOBRI RECENTEMENTE.

Veja e divirtam-se...

Inté!




Cerveja Guiness







Aparelho de Barba Wilkinson

domingo, 14 de outubro de 2007

Quero um dia de paz...

A LETRA DIZ TUDO.


A Mais
Herbert Vianna



Composição: Pedro Luís / Herbert Vianna

Não quero um dia a mais
quero um dia de paz
Não quero o vendaval
Só o sono e o sonho dos mortais

Não leve a mal
sou só mais um
quero uma noite tranquila
um amanhecer comum

Ainda é possível respirar
As cores ainda trazem emoção
Um verso pra fazer uma canção
Às vezes tem a força da bomba nuclear

Outono também traz inspiração
Tantos invernos já inesquecíveis
Nas madrugadas mornas do verão
Na simplicidade eu vejo as coisas mais incríveis

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

De um outro blog

Inspirado pelo Dito e Dizer, fui postar um comentário que depois achei que devia também ser um post aqui...

Até


A beleza de uma poesia (e de algumas relações) não está na linha escrita, mas nas entrelinhas não escritas.

Nem todo mundo consegue perceber que entender uma palavra é reconhecer o silêncio entre elas.


Pervertendo provérbios

ALGUMAS PESSOAS DIZEM: se a vida te der um limão, faça uma limonada.

Eu prefiro dizer: Se a vida me der um limão, vou é chupá-lo. Logo depois de um bocadim de sal e uma dose de tequila...

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Enterrado cada vez mais

ACRESCENTEI UM LINK DIRETO PRA MINHA TIRINHA PREFERIDA ATUALMENTE, a PHD comics. Uma crônica sobre a vida de pós-graduando... Esse Jorge Cham é um gênio que sabe fazer a gente rir ao mesmo tempo em que dá vontade de chorar...

Um exemplo da tirinha bem semelhante aos momentos atuais em Belém:


Pós-graduação, danação eterna... qual a diferença?

Melhores Posts - IV

SE ESTOU HOMENAGEANDO NESSA SÉRIE MEUS BLOGS PREFERIDOS, é lógico que esse não podia faltar. Afinal, foi uma das pessas fundamentais para sair da vida de fotologuista para blogueiro. O blog mudou um tanto, e agora dá até pra conversar com a autora...

Mas enfim, hora de apresentar mais Alguns Pensamentos. A autora é aquela menina de sorriso fácil que talvez goste de dizer "Eu prefiro seerr... essa metamorfose pensante". Mas ela anda um bocado sumida do meu msn... deve ter voltado para os livros.

Ou algo assim...

Inté!

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Do Metamorfose Pensante

07 de Janeiro, 2007

Ouço:

"A arte de falar bem"
"A arte de ser feliz"
"A arte de bem viver"
"Conviver é uma arte"
"Amar é uma arte"
"Educar é uma arte¿
... etc. e tal...

Então concluo que a arte nada mais
é que o estado natural das coisas.

sábado, 6 de outubro de 2007

Antes do Qual é a Música...

NO AVIÃO PRA BRASÍLIA, achei uma daquelas revistas no bolsão das poltronas. Folheei como a gente sempre faz nesses casos, meio sem achar que vai encontrar algo de interessa. Mas tinha uma chamada que achei ótima, o que me fez dar uma ligeira roubada na revista pra contar aqui (prometo que devolvo na próxima viagem):


FASCINANTE TORNEIO
Medalhões da MPB disputavam geladeiras na telinha

"A palavra é..." anunciava o apresentador Blota Júnior, em clima de suspense. O participante que conhecesse uma música com a palavra em questão apertava um botão à sua frente e corria até o microfone pra cantar um trecho. Se estivesse certo, acumulava pontos para concorrer a relógios, geladeiras e até automóveis, como o Gordini, um dos mais cobiçados da época.


O Carro Gordini, Modelo 1966

O formato é conhecido, reproduzido com variações até hoje por Sílvio Santos. Exibido a partir de 1966 na TV Record, Esta Noite se Improvisa ficou três anos no ar. O programa, que lotava ao auditório do Teatro Record, dava altos índices de audiência e inspirava torneios semelhantes entre a população.

Caetano Veloso era um dos melhores competidores. Chico Buarque também não fazia feio, mas contava com uma artimanha: se preciso, inventava canções na hora. Para dar credibilidade à farsa, citava os nomes dos compositores e o ano da gravação. Ficava difícil duvidar.

Vinicius de Moraes, por outro lado, era um dos piores. Não que lhe faltasse cultura musical: o poetinha não conseguia mesmo era pressionar o botão a tempo. Certa vez, Blota Júnior anunciou que a palavra era "garota". Moleza. Eufórico, Vinicius correu ao microfone pra cantar Garota de Ipanema, de sua autoria: Olha, que coisa mais linda, mais cheia de graça... E, verso a verso, foi se dando conta, com profunda decepção: a canção fala de "menina", "moça". Nada de "garota".
Fonte: Revista Brasil, Almanaque de Cultura Popular, ano 9, Nº 101, pg. 10. A matéria é assinada por (RC). Desconfio que seja de Rafael Capanema, outro que começa com RC na mesma seção, mas não tenho certeza.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Melhores Posts - III

APESAR DE ESSE TEXTO TER SIDO ORIGINALMENTE PUBLICADO EM UM BLOG JÁ HOMENAGEADO AQUI, é de um outro autor cujo blog eu visito praticamente todos os dias. Não precisa eu dizer o nome dele, afinal, basta dar a dica de que ele já foi pirata.

Pra quem lê os dois blogs, desculpem a reedição - ele republicou recentemente o texto no blog atual. Mas isso é bom, já que assim eu homenageio o blog ainda existente.

Inté,

A. N.

Ah, pS: Vale dizer que minha série preferida do jafuipirata é o Coelho Suicida. Muuuuuito bom...


Quarta-feira, Setembro 22, 2004

Quarta-feira (escrito pelo Bruno....)

Eles faziam sexo todas as quartas-feiras. Eram casados há muitos anos e já nem sabiam há quantos só faziam sexo às quartas-feiras. Nos primeiros meses pode ter sido só coincidência, mas hoje era um hábito. Não havia surpresa, não havia emoção, era como comprar o pão domingo de manhã.
Sempre que ele saía de casa ela ainda estava dormindo. Ele esquentava o café da manhã que ela tinha deixado pronto desde a noite.
Na primeira quarta-feira de outubro, ele chegou no escritório e foi surpreendido com a notícia: o seu melhor amigo tinha sido encontrado morto pela manhã. Ele e a esposa. Pelo que disseram, a esposa tinha matado o amigo. Assassinato seguido de suicídio.
Aquilo abalou muito sua cabeça. O diretor do departamento dispensou todos os funcionários aquele dia. Ele desceu, mas não pegou o carro. Sentou num banco na praça em frente ao edifício de escritórios e acendeu um cigarro. Ele nunca fumava de manhã. Seu primeiro cigarro do dia sempre era aquele depois do almoço, e isso nem passou pela cabeça dele quando deu a primeira tragada, às 8:20 da manhã.
Ficou ali, fumando e pensando no seu amigo. Pensando no que teria levado aquela mulher a fazer isso. Pensando se teria sido alguma coisa que o próprio amigo dele fez, pensando se ele mesmo não estava fazendo algo que desse motivo para a sua esposa fazer isso, pensando se ele estava fazendo a esposa feliz.
Entrou no carro e, talvez por achar que não, decidiu comprar flores para a mulher. Mas ele não sabia qual era a sua flor preferida... um dia ele já soube.. um dia ele já deu a ela essas flores, mas quais? Comprou rosas. O vendedor disse que toda mulher gosta de rosas.
Foi pra casa e disse a ela que iriam sair para almoçar. Mas e as crianças? Hoje eles vão ficar com a avó deles.
Levou a esposa para um restaurante. Foi o mesmo restaurante que foram quando se casaram. Ela lembrou. Depois do almoço ele a levou ao zoológico.. ela adorava o zoológico.. isso foi ele quem lembrou.
Foram jantar fora também. E depois foram ao teatro. Há anos não iam ao teatro. Durante todo o dia ela parecia não entender o motivo de tudo aquilo, mas resolveu não se preocupar... estava gostando.
Chegaram em casa. Os filhos estavam na casa da mãe dela. Ele deu as rosas para ela, junto com um colar. Mas por que tudo isso hoje? A gente precisa cuidar mais da gente, meu amor...
Se beijaram... como se tivessem 20 anos de idade e acabassem de descobrir que estão perdidamente apaixonados. Fizeram amor aquela noite como se fosse a primeira vez.. e não dormiram depois. Ficaram abraçados, na cama.
Antes de dormir ele olhou o relógio na parede. 1:47 da manhã. Era quinta-feira.
escrito por Mc (ou melhor, o Bruno) às 21:36

Tem criança que sabe de coisa demais

ACHEI LINDA ESSA FRASE, que está no blog do Alexandre Inagaki, "Pensar Enlouquece, Pense Nisso!" Um blog delicioso, que foi me apresentado um bom tempo atrás
pela _Maga , uma blogueira que parece que tirou férias para se dedicar a leitura de papel em vez de pixels...

"- A cor do céu depende da hora, do tempo e de quem olha. Quem diz que o céu é azul, nem desconfia que, de noite, ele pode ser preto e, quando vai anoitecendo, pode até ser rosa ou vermelho. Quem diz que o céu é azul é analfabeto de céu."

Veja o post completo, que ainda tem várias outras pérolas...

Tem criança que sabe de coisa demais.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Em tempo, mais uma de BSB

ENFIEI NA CABEÇA QUE MEU VÔO DE VOLTA ERA MEIA-NOITE. Mas, pra não incomodar o senhor que ia me levar ao aeroporto, fui mais cedo, nove e meia. Ao chegar lá, descobri que o vôo era às 11:15hs. Eu estava no horário.

Mas o vôo não, atrasou pouco mais de meia-hora. E eu saí de lá realmente à meia-noite.

Há de se apreciar a ironia...

Caminanhando em cidades diferentes

DOMINGO, acordei e quis dar uma volta pela cidade. Fui até a farmácia, comprar algo que precisaria na viagem da noite, e um pouco mais de água para sobreviver em uma terra quase desértica. O sol do planalto central pregava uma daquelas peças estranhas, queimando seu rosto enquanto o ar em volta arrepia de frio.

Ninguém na rua, exceto uma ou outra alma solitária que tinha o que fazer às oito e pouco de um domingo. Para atravessar a rua, um carro solitário vem de longe, preguiçoso, e eu paro na faixa esperando ele passar. Ele diminui e pára também, dando passagem a mim. Algo está fora da ordem, mas aproveito e passo com um sorriso...

Acho fácil a banca de revistas, e ela se chama "Fortaleza". Pergunto, "O nome da banca é
esse pela virtude ou pela cidade?" "Pelos dois" "Você é de lá?" "Sim". O cara estava lá haviam 18 anos, mas todo ano visitava nossa terrinha. Conversamos um pouco, eu pego a água e volto caminhando...

Ao virar uma quadra procurando uma banca, vejo mais algumas pessoas. Um grupo de crianças corre em um playground, sob o olhar atento de uma provável babá ninando no colo um bebê que não deve ter visto ainda muita coisa por aí. E assim foi um passeio rápido na cidade de Brasília.

Já que a madrugada me viu a vinte mil pés de altura (eu é que não a vi, exceto talvez em algum sonho não lembrado), acordo em Belém do Pará. E, de manhã, procurando comprar o café, saio para a padaria pegar pão e leite.

Já saio do lado de uma escola, e dezenas de crianças gritam e brincam enquanto algum professor grita pra eles entrarem. Um carro do gás passa barulhento, misturando o nome da empresa com a música do plantão da globo para chamar mais atenção. Ando até a rua, onde dezenas de pessoas circulam, e os carros passam rasgando e cortando uns aos outros. Na padaria, as pessoas falam muito, mas consigo os quatro "carecas" e uma caixa de leite. Volto pra casa apressado, já que o dia já começou e tenho que pegar no batente. Mais tarde, atravessando a rua, o sinal verde acende comigo ainda na faixa. Duas buzinas tocam e um terceiro carro avança, apressado. Alguma coisa parece que voltou ao normal...

Não sei se dei de cara com diferenças entre Belém e Brasília, mas acho que não. Acho que dei de cara com as diferenças de um domingo de preguiça e o bom e velho "Odeio Segundas Feiras". Talvez com as diferenças entre seu lugar e o dos outros.

O fato é que, entrando em casa (agora apressado porque o pão quente estava esfriando), sorri ao lembrar que mesmo com aquelas diferenças, pude ver a diferença entre ordem e espontaneidade. E quem há de dizer ao contrário?

Quem sabe onde mais estarei passeando de manhã nos próximos tempos. Mas, se vier, conto pra quem quiser ouvir... ou ler.

Inté

A.N.