segunda-feira, 22 de outubro de 2007

II ENEAC - A Missão (cumprida!)

O BLOG PASSOU QUASE UMA SEMANA PARADO, já que a internet não estava muito animada pra funcionar aqui por casa. Com o problema resolvido (finalmente), podemos partir para um dos tópicos mais interessantes da última semana: o II Encontro Nordestino de Análise do Comportamento, evento que ocorreu em paralelo ao XII Encontro Cearense de Análise do Comportamento.


O evento contou com um conjunto estelar de convidados: Roberto Banaco, Maria Amália Andery, Dênis Zamignani, Banaco, Sérgio Luna, Amália, Lincoln Gimenez e Júlio DeRose (esqueci do Roberto e da Amália? Não, né? Só por segurança: Amália e Roberto também estiveram lá!). Além desses, uma turma da nova geração que ainda vai dar muito o que falar: Marcelo Machado (nosso querido Zé Marcelo, um dos movers and shakers da Comport e do Orkut), Bruno Costa (que esperemos estar se saindo bem na seleção pra PUC) e Christian Vichi, o cara que colocou a cultura em um laboratório (e é uma figura gente boa pra...). Completando com os nomes de peso da AC aqui no Ceará (João Ilo, Maia, Dany Tatmatsu e Denise), o evento tinha tudo pra dar certo.

E teve. No último dia, a Germana (uma das organizadoras - e sim, EU BATI UMA FOTO SUA!!!) pediu para que as pessoas falassem um pouco sobre como havia sido o evento - mas não "os professores, palestrantes, ou amigos da organização". Lógico que me senti compelido a falar, mas as palavras da Gê me fizeram calar a boca... ok, ok, depois eu falo.

Mas é lógico que eu não sei ficar calado. E quando eu pedi pra falar algo, os meninos da organização se mostraram terminantemente contra eu abrir meu bico - acho que tinha algo a ver com o fato de quem falasse ganhava uma camiseta do evento, e eles pensaram que era só isso que eu queria (que ultrage! Fiquei ofendido! hehehe). Mas o que eu queria dizer seria algo mais ou menos assim (menos elaborado, claro):

Talvez eu não devesse falar nada, já que a Gê pediu para que os "palestrantes, professores e amigos da organização" não falassem. E achei que eu me enquadrava em algum lugar dessas coisas... não sou da organização, mas sou um daqueles que eles sabem contar na hora de levar alguém pra o jantar, ou pra acordar à uma da manhã pra conseguir um telefone, ou às 6 da matina pra poder pegar um palestrante no hotel. Não sou um professor, mas sou um dos que a turma ouve na hora que querem um feedback de uma apresentação, de um trabalho, de uma aula. Mas definitivamente, sou um amigo da organização, alguém que gosta de dar uns pitacos na vida alheia e fazer algumas sugestões de vez em quando. Mas, contrariando a organizacionaldora aí, queria falar sobre uma coisa:

Ver esse evento foi algo impressionante. Impressionante porque, diferente da maioria aqui, ainda que eu não pertença à Liga do Comportamento, estou em contato direto com eles pela lista de discussão de e-mails. Por isso, acompanhei desde as primeiras reuniões, e vi as coisas tomando forma. Ver os e-mails sobre os possíveis palestrantes se tornando primeiro nomes no site e depois falas aqui no palco; ver as correrias sobre inscrições se transformando em auditórios lotados; discussões sobre a bolsa sendo entregues junto de canetas e um folder; e até, porque não dizer, enchendo a barriga depois de ler tantos e-mails sobre a comissão do coffe-break. Ver tudo isso tomando forma, para eu que acompanhei de longe, foi fantástico e emocionante. Eu queria, por isso mesmo, elogiar as pessoas que provavelmente sentem o mesmo que eu, mas de forma muito mais forte: os organizadores desse evento.

Eu sei que, agora, talvez vocês não possam ter dimensão disso. Agora, vocês devem estar cansados, felizes de estar quase acabando. Mas depois de uma noite bem dormida (provavelmente, a primeira em umas poucas semanas), vocês vão poder dar-se conta do quanto o trabalho de vocês rendeu, e de quanto foi bom. Espero que reconhecer isso seja o suficiente para que "essa resposta seja mantida em alta freqüência", se quisermos usar o behaviorês. E por essa resposta, entendam: contribuir, de forma muito significativa, para integrar as pessoas que estão trabalhando há uns poucos quilômetros de distância da gente. E mostrar que estamos aqui para as pessoas que trabalham a uns nem tão poucos. E, mais do que qualquer coisa, contribuindo para que cada vez mais pessoas possam ver o que nós, analistas do comportamento, estamos fazendo.

Por fim, eu queria dizer só uma coisa a mais para uma parcela dessa organização: especificamente, falar para os membros da Liga do Comportamento. Há pouco mais de três anos atrás, tudo o que acontecia na UFC sobre Análise do Comportamento era feito por uma professora substituta e um monitor tagarela. Daquela turma com quem a gente conversava, hoje vejo vários alunos engajados e fazendo o trabalho muito melhor do que era sonhado naquela época. Ver a Liga, hoje, é uma prova de que, com algum empenho (e uma boa dose de resistência à extinção), coisas incríveis podem ser construídas. E a Liga é algo desse tipo. Fico extremamente feliz de ver esse novo cenário que foi construído a partir do trabalho de vocês. E fico orgulhoso de ver como essa turma (que tem várias pessoas que um tempo atrás eu estava ensinando como colocar um rato em uma caixa de Skinner) é capaz de produzir um evento como esse... e, claro, feliz de olhar para as caras novas e saber que, quando os fundadores da liga se formarem muito em breve, a tocha vai estar passada e eles vão continuar o bom trabalho.

Parabéns, turminha. Mais uma vez, vocês botaram pra...

Er. Melhor eu não completar. Mas vocês entenderam :-)




2 comentários:

Anônimo disse...

Valeu, Aécio.
Vc tb faz parte da história da Liga e dessa resistência à extinção da Análise do Comportamento aqui.

Abs.

Anônimo disse...

Põe na roda Aécio: com esta fala você acabou com o estoque de lenços de papel do povo, né? rs

Parabéns ao pessoal dai pelo empenho!

Estou com tanta saudades de um congresso... ouvir AC, falar AC, respirar AC... ai, ai...

Beijos

ps.: hehehehe você esqueceu de citar "bota pra ****" é de autoria do Marcelo Nova rs