segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Capitalismo selvagem

VOLTAVA EU DE UM CLUBE AQUI EM BELÉM. Sim, aqui eu vou a um clube, já que não tem praia. Mas só quando uma coleguinha amada minha aqui me chama, já que não sou sócio e nem tenho dinheiro pra me associar. Mas felizmente ela me chama com freqüência. Mas, falando em mudança de assunto, esse post não era pra ter nada a ver com clubes, dinheiro para se associar ou minha coleguinha amada. Vamos ao que interessa.

Enfim, eu voltava de um clube esse fim de semana, e dei de cara com um daqueles exemplos de capitalismo selvagem. Sabe, o faça tudo pra vender? Pois é.

Paramos perto do bosque em um sinal (para quem não chama sinal de sinal, quero dizer sinal de trânsito, semáforo, aquele troço de luzes vermelhas, amarelas e verdes. E nem comece com quantas têm de cada uma...) (Mudança de assunto 2: Sim, aqui a gente tem um bosque... lembra? ) . Estamos ali ouvindo Lenine e tal, quando no carro atrás de mim um cara levanta o braço e assovia, chamando pelos jornaleiros vendendo no sábado de tarde o jornal de domingo.

Ele chamou o de vermelho, que começou a andar rápido. Um de azul viu e disparou correndo. O de vermelho percebeu e correu também. Os dois dispararam entre os carros, desviando de automóveis e seus retrovisores, correndo para trocar algumas folhas de papel ruim por dois reais.

O caminho dos dois se cruzou exatamente ao lado do meu carro. Quando eu digo cruzou, cruzou mesmo - o de azul jogou-se em cima do de vermelho , que caiu estatelado por cima do capô do meu carro. Roberta e eu nos assustamos, o de azul chegando primeiro até o carro atrás do meu, ganhando o cliente.

Os dois jornaleiros saíram discutindo, o de azul tirandos sarro da cara do vermelho por ter ficado com a venda. Ainda assustados, passei a marcha e segui o caminho lento atrás dos carros que começavam a ir embora...

Duvido que essa tenha sido a primeira vez... Onde isso vai parar? Nas relações diretas um a um, isso é sinal de que ainda vem confusão.

É... o dia a dia nos trás sinais de que estamos mesmo vivendo essa história de capitalismo selvagem...

Inté,

A. N.

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