sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Em alta velocidade (tente acompanhar)

ANDO CORRENDO em alta velocidade Às vezes consigo respirar, mas, a maior parte do tempo puxo ofegante um ar que teima e não ser suficiente Parece uma ampulheta onde as pedras de areia vão caindo e o fim do tempo vai se aproximando Mas parece aquelas que a abertura é grande demais, e a areia escapa mais rápido do que deveria Não sei como as coisas vão se desenrolar... sim é uma daquelas épocas Épocas em que o cabelo se espalha sobre (e sob) a mesa e as unhas crescem um tanto menos e fica na cabeça a idéia de que talvez (talvez!) eu ache um tempo Um tempo maior que o de um cochilo, um tempo maior que o de uma fuga rápida Quem sabe eu acho? Às vezes acho que o que falta é algum sentido como falta nessas frases jogadas a esmo em nome de um simples... como dizer? Algo a dizer? Tipo isso, vai ter que servir Não dá pra ficar pensando em quê. Havia muito que queria escrever; mas para isso, há de se parar.

E continuo em alta velocidade...

Um comentário:

Anônimo disse...

É como diz o outro "o tempo não para" Cazuza

E como diz o um: "Esse ofício de rabiscar sobre as coisas do tempo exige que prestemos alguma atenção à natureza - essa natureza que não presta atenção em nós". p.110, Carlos Drummond de Andrade, trecho da crônica "Meninos do Cabo", do livro "Fala, Amendoeira"

Beijos e boa sorte com os relógios (o quadro do Davi podia ilustrar este post facinho, né? rs)